Segundo dados do IBGE, apenas
47,5% das empresas abertas em 2009 ainda funcionavam em 2013. Esses dados são
fomentados por fatores internos, por exemplo, falta de planejamento,
desconhecimento do mercado e falta de preparo do gestor; por fatores externos,
por exemplo, inflação, falta de crédito e diminuição do número de clientes.
Desse modo, Wood (1995)
destaca, “que esse processo responde à necessidade ou ao desejo da organização
de implementar mudanças estratégicas e planejadas, já que organizações de todos
os tipos têm se deparado com cenários substancialmente modificados,
significativamente mais dinâmicos que os anteriores, e buscando firmemente
adaptar-se a eles”. Schein (1972) fala
que “na busca pelas respostas, as organizações e seus gestores têm procurado os
serviços de consultoria – processo que procura fornecer informações
especializadas; ajuda a diagnosticar problemas complexos; aconselha; apoia;
resolve; e ajuda a implementar mudanças”.
Portanto, consultoria pode ser
entendida como um serviço prestado por terceiros, sendo eles conhecedores da
área, para identificação, investigação e/ou diagnóstico de problemas e
oportunidades, para que possam oferecer informações corretas e soluções
personalizadas, buscando a melhoria da empresa.
Algumas empresas buscam o
serviço de consultoria para conseguir o capital inicial em grandes bancos,
através da criação de um Plano de Negócios, que visa detalhar informações sobre
o ramo, produtos, serviços, clientes, público-alvo, concorrentes, fornecedores,
levantando os pontos fortes e fracos, mostrando viabilidade do negócio.
Complementando essa afirmação, o SEBRAE fala que, “para expandir os negócios,
micro e pequenas empresas podem acessar linhas de crédito específicas para o
segmento ou para a finalidade que se quer alcançar com o recurso.
Buscando obter uma maior
competitividade e um diferencial no mercado as empresas vêm demandado cada vez
mais por serviços de consultorias empresariais, principalmente na crise
econômica que vivemos no momento. Sim, na crise as empresas estão buscando além
de soluções para os problemas encontrados, a prevenção de riscos, antes
mesmo dos problemas aparecerem.
Muitas vezes achamos que em
período de crise as consultorias são deixadas de lado por conta da situação
financeira das empresas, porém, ao contrário do que pensam, as empresas
inteligentes estão usando seu capital de investimento para contratar
consultorias que as ajudem a escapar do cenário pessimista que nos encontramos,
que é a crise econômica.
Muitas empresas estão com
dificuldades para se sobressair de tantos problemas, seja pela falta de
clientes ou financeiros pelos altos custos e despesas. Foi percebido que os
projetos mais procurados são os de revisão do planejamento, para as empresas
que estão querendo se reestruturar, modificar suas estratégias ou simplesmente,
o mais comum, se planejar financeiramente.
No planejamento financeiro o
que mais requer atenção é a revisão dos seus gastos para diminuição das contas
e despesas da empresa. A análise dos dados financeiros da empresa deve ser
feita de forma minuciosa, observando as projeções das receitas, gastos e
buscando o histórico financeiro da empresa. Além disso, também deve ser feita
uma análise mercadológica para entender a posição da empresa no mercado, também
entender melhor como o setor em que a empresa se encontra está economicamente.
Nesse contexto, existem alguns
movimentos que fomentam a consultoria no Brasil, um deles é o movimento
“empresa júnior” que visa “formar, por meio de vivência empresarial, empreendedores
comprometidos e capazes de transformar o Brasil”, impactando diretamente 2.500
empresas, sendo as empresas júniores instituições sem fins lucrativos, formadas
por universitários.
Segundo a Confederação Brasileira de Empresas Júniores, os
clientes que procuraram esses tipos de consultorias, são 66,16% formadas de
pessoas físicas e/ou Micro Empresas, 9,91% formadas de pequenas empresas, 2,37%
Empresa de Médio Porte e Grande Empresa 1,72%. Mostrando o quanto as
consultorias são necessárias para o desenvolvimento das empresas.
Déborah Lima e Gabriel Silva
Consultores da ADM Soluções
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