terça-feira, 21 de setembro de 2010

Recursos Humanos : Manter a motivação, eis o grande desafio da liderança.


A primeira pergunta que fazem a respeito da motivação de pessoas é: “Qual a maneira de estimular uma equipe desmotivada?”

A primeira pergunta que me fazem a respeito da motivação de pessoas é: “Qual a maneira de estimular uma equipe desmotivada?”. Primeiro, temos de entender a causa da “desmotivação” da equipe para podermos agir de forma eficaz. Segundo, há vários fatores que levam a tal estado. Terceiro, além de perceber a causa do desânimo, precisamos entender o comportamento dos funcionários para perceber se é desmotivação ou falta de outras competências. Como exemplo, temos a falta de iniciativa ou de prontidão. Quarto, vemos que o líder de sucesso tem de observar dois lados da moeda: resultado e motivação. Liderar é buscar resultados pela motivação. Assim, o líder completo é aquele que consegue buscar resultados não negligenciando a motivação.

Os manuais explicam que ser um bom líder é aquele que sabe comportar-se adequadamente de acordo com as mais diversas situações. Ou seja, aquele que consegue perceber cada uma delas e consegue adaptar o método de liderança às circunstâncias, como também é aquele que deverá ser flexível, agindo de acordo com o estilo do liderado e da sua equipe.

Ou então, ouvirá falar que deverá ser sincero e transparente, pró-ativo, curioso, audaz, automotivado, motivador; assumir riscos; apresentar uma postura positiva diante da vida, ter autoconhecimento, visão de futuro e, acima de tudo, ter um equilíbrio emocional, além de saber “voar de asa-delta”. Jamais deverá utilizar, no seu discurso, a palavra “funcionário”, e sim “colaborador”; não deverá falar “eu”, mas “nós”; e, no final do seu discurso, agradecer ao empenho de todos, dizendo que fazem parte de uma grande família.

A lista não termina aí. Você será lembrado constantemente de ser ético (como se precisasse ser lembrado) ou estarão duvidando de você.

Já recebeu vários títulos e condecorações. Foi chamado de feitor, capitão, Maquiavel, monitor, “puxa-saco”, “dedo-duro”, coordenador, supervisor. Numa linguagem mais moderna, facilitador; agora não mais chefe e, sim, líder, mentor, coaching e, a partir destes, quais serão os próximos que receberá? Ufa! Tantas instruções. Quantos títulos! Pelo jeito você tem mesmo de ser um super-homem ou uma “big-mulher”.

O que temos reforçado nos treinamentos e nas palestras é a importância dos diálogos e que a liderança é a busca de resultados, mediante recursos tecnológicos, financeiros, mercadológicos e humanos. Ela poderá ser desenvolvida, a partir do momento em que você, líder, tiver basicamente dois focos de atenção:

* No resultado esperado pela organização por meio de ações estratégicas;
* No desenvolvimento humano, favorecendo atingir os objetivos propostos.

Cada vez mais a liderança está envolvida em grandes desafios, particularmente consideramos dois: 1- gerar e gerir o equilíbrio entre produtividade e motivação; 2- estabelecer a real parceria na busca da melhoria contínua e desenvolvimento. Em ambos, encontramos a importância da criatividade e inovação.

A nossa experiência em diversas empresas fazem-nos assinalar: “Não se iluda!”; “Não espere da equipe aquilo que você não é!”; “Em uma empresa, nada ocorre de baixo para cima. Você, como líder, ou dá o exemplo, ou nada, ou pouco ocorrerá”; “Não exija que o pessoal trabalhe em equipe se você não trabalha“; “Não espere que as pessoas sejam criativas, se você bloqueia ou inibe as novas idéias”. É pelas pequenas atitudes e comportamentos que emitimos, que passamos a nossa visão e nossos valores na realidade.

Devemos deixar de representar vários personagens de filmes de ficção. Lidere pela sua conduta própria. A experiência também nos aponta que a maioria das atitudes positivas ou negativas somente são tomadas quando os homens estão em grupo, pois, sozinhos, estes não se manifestam. Desta forma, o sucesso de uma organização é substancialmente influenciado pelo desempenho de diversos grupos que interagem entre si e por toda a hierarquia da empresa, tanto verticalmente quanto horizontalmente.



As soluções dos problemas, lançamentos de novos produtos, ações e decisões são resultados de um conjunto de cadeia produtiva, criativa, que perpassa do presidente ao operário e, em todas as etapas, podemos perceber que existem entre o cérebro para pensar, as mãos para executar. Neste caminho, bem no meio, há o coração, para sentir, tanto dos líderes quanto dos liderados.

As pessoas efetivamente se envolvem, “vestem” a camisa, quando se emocionam pelo que fazem, percebem a possibilidade de criar, inovar, fazer diferente. Há quem diz: “Sem ‘empolgação’, não há solução”. Eu gostaria de ressaltar mais: Você que é responsável pelos resultados da empresa, deve lembrar-se de que, em todo o processo, há pessoas, gente lidando com gente!

4 comentários:

Unknown disse...

Interessante:

"(...)podemos perceber que existem entre o cérebro para pensar, as mãos para executar. Neste caminho, bem no meio, há o coração, para sentir, tanto dos líderes quanto dos liderados."

"(...) deve lembrar-se de que, em todo o processo, há pessoas, gente lidando com gente!"

Marcos FIlho disse...

É isso mesmo, sempre devemos nos lembrar disso, afinal antes de sermos tudo que as vezes nos somos, somos seres humanos.

Mariana Facó disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mariana Facó disse...

E no final das contas, em uma empresa, nada acontece sem que as pessoas colaborem. Cada um deve olhar para o outro como parte importantíssima de um organismo vivo. Independente de que orgão este represente!

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