O
que motiva as pessoas a estarem dentro das organizações e acordarem todo dia
para realizarem rotinas e hábitos aparentemente cansativos em longo prazo?
Estão trabalhando a serviço de quê? Qual a razão? Existe felicidade no seu
trabalho?
Calma!
Primeiro
vamos entender o que é motivação. Motivação pode ser definida de várias formas,
não existe definição específica, pode ser o ato de incentivar ou de inspirar um
objetivo, uma razão. Assim, percebem-se dentro das organizações comportamentos
diferentes e causados por razões, incentivos, motivos diferentes.
Motivação
1.0 – A motivação da sobrevivência, trazendo a base da pirâmide de Maslow,
gerada por um impulso biológico: comer, beber, descansar, fazer sexo.
Motivação 2.0 - Impulso por motivadores externos ao ser: reagir às Recompensas e Punições, "se não bater a meta, não ganha comissão...". É o modelo típico utilizado pela maioria das empresas.
Motivação 3.0 - o "Terceiro Impulso", por motivadores intrínsecos (internos): a paixão, a própria vontade de realizar tarefas, de trabalhar, independentemente de ser recompensado por fazer ou não.
De
acordo com pesquisas de um grupo de cientistas de Economia Comportamental do M.I.T.
– Massachussets Institute of Technology –, as pessoas se sentem mais engajadas
em atividades construtivas, desafiadoras, que necessitam de sentido e propósito
para sua visão de vida. Por mais estranho que pareça, a quantidade da
recompensa financeira não é um fator determinante de desempenho para as
pessoas. Em muitas empresas as atividades rotineiras que não necessitam de
pensamento complexo, interação e inovação, são atividades mecanicistas e
instrumentalistas, onde a Motivação 2.0 funciona. No entanto, no século XXI,
esse modelo de motivação se mostra incompatível com a maneira que lidamos com o
comportamento humano nas organizações.
Segundo
Daniel Pink, um fato alarmante é que a compreensão das descobertas da ciência
sobre motivação é distorcida na gestão da maioria das organizações. Um dos
desafios dos novos líderes é justamente trabalhar a motivação 3.0 e tentar
fazer com que estas descobertas sejam utilizadas de forma coerente através dos
recentes estudos.
As
pessoas procuram sentido para viver, nossa natureza é de vontade e escolha.
Nesse âmbito, a motivação 3.0 exerce um papel fundamental com base nos seus
três elementos:
Autonomia – a possibilidade de dirigir a própria tarefa, o próprio trabalho, a própria vida. Vale a pena ressaltar que dentro das organizações essa autonomia é interdependente, pois manter relações formais ou informais é essencial para a sustentabilidade da organização.
Excelência – vontade de ser cada vez melhor em algo relevante.
Uma maestria e um domínio nas ações para superar os desafios onde ocorra uma
aprendizagem constante.
Propósito – fazer a tarefa em nome de algo maior, um sentido, uma
causa superior. Importante para renovar as empresas e o mundo, as organizações
devem definir a própria razão de ser, o significado.
Diante
desse novo cenário, muitas organizações, que ainda tomam suas decisões e levam a
gestão de pessoas com base em crenças, devem se atualizar e se aproximar mais
dessa nova abordagem. Esses erros fazem muitas pessoas pensarem que o trabalho
deve ser algo árduo e desgastante que visa apenas uma recompensa no final. Na verdade o trabalho deve ter um propósito,
deve ser desafiador e trazer satisfação pela sua realização. “Faça o que quiser, mas faça com paixão!”
típica frase de Facebook, mas se encaixa
perfeitamente no contexto abordado pelo texto.
Lembram-se
das perguntas no começo do texto? A intenção não é respondê-las, mas fazer com
que vocês se questionem e reflitam, seja um funcionário ou o dono de uma
empresa.
E
aí? O que lhe motiva a estar dentro das organizações e acordar todo dia para
realizar rotinas e hábitos aparentemente cansativos em longo prazo? Está
trabalhando a serviço de quê? Qual a razão do seu trabalho e da sua organização?
Existe felicidade no seu trabalho?
Mateus
Correia Pinheiro - Trainee da ADM Soluções